Edvard Munch - O Grito |
Orgulho quando achamos que somos perfeitos, e que não podemos errar. Vaidosos quando achamos que somos intelectualmente ou espiritualmente melhores que o outro e prepotentes quando achamos que o outro não tem mais jeito e que somos diferentes, mais capacitados e muitas vezes até melhores. Todos estes sentimentos nos torna suscetíveis e que contrariados passam a instigar o melindre o qual pode ter graus: superficial que perturbará a nós mesmos, ou mais grave, quando parte-se para a agressão verbal ou até mesmo física. Melindrados perdemos o controle, seremos visto pelo outro como um doente e que precisa de ajuda. Como somos capazes de nos desequilibrar porque o outro não concorda com o que pensamos ou agimos? Como podemos acreditar que uma vez conscientes não erraremos mais e que por possuir um pouco mais de consciência nos tornaremos melhores que os outros?
Muitas vezes não percebemos que esses sentimentos contribuem para uma plantação enorme de mágoas e distúrbios desnecessários dentro de nós mesmos e com certeza dentro do outro que como nós, está sempre aberto para receber e estimular causando o efeito dominó. Quando conscientes dos malefícios, e desconfortos que os melindres trás a nós mesmos, somos impulsionados a melhorarmos e até procurar ajuda. A busca interior nos alerta a procurar as soluções primeiro em nós mesmos e depois a ajuda para evitar que tornemos co-autores dos melindres e de outros sentimentos negativos causados no outro.
Dja Cavalcanti
Melindre, s.m. Delicadeza no trato; recato; suscetibilidade. Melindrar, v.t. Tornar melindroso; ofender o melindre de; magoar; ofender; p. ofender-se, magoar-se. Melindrice, s.f. ou Melindrismo, s.m. Qualidade de quem facilmente se melindra. Melindroso, adj. Que tem melindre; muito delicado; perigoso; suscetível; arriscado.
Fonte: Dicionário Silveira Bueno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário