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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Jovens

Jovens não são adultos e nem crianças. Eles podem ser amorosos, brutos, satisfeitos, insatisfeitos, egoístas, caridosos, acomodados, atirados, revoltados, disciplinados, indisciplinados, maduros, imaturos, alegres, tristes, corajosos, medrosos, seguros, inseguros, responsáveis, irresponsáveis, abertos, fechados, bem resolvidos, mal resolvidos, com ou sem adrenalina. E muitos jovens são capazes de sentir todos esses sentimentos ao mesmo tempo.  Como é possível sentir tanta coisa ao mesmo tempo e serem tão orgulhosos e auto-suficientes e que dificilmente procuram ajuda. Pena que muitos deles se perdem primeiro para serem achados.
Ou aqueles que se perdem para nunca mais ser encontrado. Há também aqueles que se juntam a determinados grupos para se ajudarem ou para se perderem. Muitos preferem seguir sem rumo para ver o que dá. Outros se escondem atrás de um computador porque não querem aparecer ou não conseguem conviver com eles mesmos. E por final aqueles que não se aceitam como são, e se escondem atrás dos vícios até chegarem ao fundo do poço, onde muitas vezes, terminam por não encontrar alguém que os tire de onde estão, porque muitos acreditam que eles têm que querer. Pergunto como deixar que uma vítima das suas escolhas mais terríveis, possa ainda ter escolha se já não tem mais razão? Muitos deles culpam os pais ou aqueles com quem convivem. Seria tão mais fácil se os jovens perguntassem a cada um dos seus cuidadores quais foram as suas dificuldades na juventude e talvez assim pudessem compreender o porquê dos pensamentos e atitudes tão diferentes e descobririam que juntos com muito diálogo se ajudariam, permitindo que cada um seguisse a sua fase da maneira mais saudável e prazerosa. Feliz do jovem que quando exausto de tanta dúvida e sentimentos confusos, aceita um colo, uma palavra de um adulto, de um profissional, de um amigo ou dos aprendizados da religião que escolheu. Quando um jovem pede ajuda ele se fortalece e descobre que a juventude é a grande fase, talvez uma das melhores fases de decisão de cada ser humano, a qual os sonhos, os ideais tem sabor de vitória e de progresso. Passa a ter mais respeito por si e por aqueles com quem convive. Torna-se mais forte, consciente, e com mais capacidade para reverter situações que possam lhe trazer danos ao seu emocional e ao seu futuro.

Dja Cavalcanti

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