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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Afinal, as crianças gostam de poesia?


Fonte: Magistrando a Língua Portuguesa,  volume 2 – Rose Sordi

Por natureza, as crianças gostam de poesia. Dependendo do professor, passarão a amá-la...ou a odiá-la. Como? É simples. Tudo é vivência. O professor a quem não foi dada a oportunidade para “viver” a poesia não passará sua (in) experiência à criança. Tudo é estímulo. O professor que não foi estimulado para “sentir” a poesia deixará passar “em brancas nuvens” esse momento que é pura emoção, puro sentimento. Para fazer amar, antes é preciso amar. E, quando se ama, se é traído pelo gesto, pela fala, pelo olhar. Percebendo a emoção, a criança vai sentir emoção. Qualquer uma delas. Do choro ao riso. Da gargalhada ao espanto. A boa poesia é uma fábrica de emoções.

Assim, o cuidado na escolha da poesia que se pretende mostrar é fundamental. Leia-a várias vezes antes de apresentá-la às crianças. Sinta cada palavra, cada imagem, e certamente as crianças, através de você, sentirão todas as vibrações que a poesia pode despertar. Cuide para que o autor esteja entre aqueles que dominam a técnica de rima, ritmo e imagens.
A propósito, veja o que escreveu Oswald de Andrade, poeta modernista:


“Aprendi com meu filho de dez anos
Que a poesia é a descoberta
Das coisas que nunca vi.”

Magistrando a Língua Portuguesa 2 - Muitos dos assuntos abordados são reflexões acerca de perguntas que foram feitas na aula de aula, que aparentemente inocentes, representam as dúvidas e inquietações daqueles que vão enfrentar o magistério

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